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Grupo de rock formado por Diana (voz), Leugruber (guitarra), Ricardo Ginsburg (guitarra), Stul (violão, baixo, piano e voz), Carlos Graça (bateria) e Ronaldo Periassu (percussão) em 1970 na cidade do Rio de Janeiro, tendo como influência maior o rock psicodélico dos anos 60.
Lançou em 1971 um compacto simples com as músicas “Os campos de arroz” e “Side b rock”, encerrando suas atividades no ano seguinte, e apenas dois compactos simples, o que soma um conjunto de apenas cinco músicas. E uma participação no LP “Posições”
Afora os Mutantes, a história do rock psicodélico brasileiro da virada dos 60 para os 70 é muito mal contada. Não que seja uma história extensa, longe disso, mas ainda assim ela contém algumas pérolas inacreditavelmente pouco conhecidas, quando não totalmente obscuras. A Equipe Mercado é uma dessas. De mais significativo no mercado discográfico, apenas a participação com “Marina Belair” na mítica coletânea Posições, junto com Módulo Mil, Som Imaginário e A Tribo, em 1971. Além dessa faixa, apenas dois compactos simples, o que soma um conjunto de apenas cinco músicas. “Mary K no Esgoto das Maravilhas” é uma estonteante faixa de teatro musical aditivado, Broadway com LSD. Se a parte de musical corresponde à parte palatável da melodia, grudenta até não mais poder, a parte aditivada corresponde à confusão entre as duas vozes, às intervenções incidentais (há um “bye bye blackbird” repetido à exaustão num dado momento), a todas as mudanças de andamento e acompanhamento, mas principalmente pela doidivanas letra da canção, que começa com “My name is Mary K, noiva da américa/ruiva de Robin Holly Wood/A ruiva noite noiva of Mary Pickford/A piquenique noiva de Douglas Fairbanks”. Em matéria de irreverência, a canção é do nível das coisas mais irônicas dos Mutantes, como “Meu Refrigerador Não Funciona” ou a versão debochada de “Chão de Estrelas”. Mas o pique da Equipe Mercado é outro, e não se presta tanto a comparações. “Mary K no Esgoto das Maravilhas” é o amor por uma doce sabotagem da cultura pop americana (“This is the end, Mary Pickford, isso significa: acabou”) em seu próprio terreno de encantamento, as canções melosas de musical que se transformam em delírios esquizos e dissonantes. É um pouco o mesmo charme de Uma Mulher É uma Mulher de Godard, a fofura do gênero e seu making of brechtiano. Uma música e um grupo criminosamente esquecidos da música brasileira (apenas 360 audições na lastfm até o momento, NENHUMA foto disponível na internet, daí a ausência de imagem nessa postagem), mas acima de tudo uma deliciosa brincadeira levada a sério que nos carrega em sua molecagem. (Ruy Gardnier)
Compacto original de época em perfeito estado de conservação capa e disco.
Label:
Odeon – 7B-443
Tracklist:
A Mary K. No Esgoto Das Maravilhas
B Poensoscópio De Mil Novecentos E Quaranta E Quinze
R$ 3.800,00
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